02 agosto, 2009

Ali, sentada na cadeira que, fixa, pacientemente, suportava seu corpo jogado, estendido, derrotado. Seus olhos estavam fixos naquele ponto qualquer no infinito, os seus olhos não piscariam, nem tão cedo. Era noite; ela sentia a brisa fria tocando sua pele macia. O vento desmaranhava seus cabelos. O vento arrancava dela suspiros. E ela continuava solitaria na cadeira, era uma linda noite de outono; seus olhos, vazios brilhavam. Ela chorou porque, deveras era indigna de sentir pena dela mesma. Pena. O sentimento mais triste e humilhante que uma pessoa pode vir a sentir. Sim ela era indigna de sentir até pena dela. Choro. O único barulho que se ouvia. Adeus.