28 outubro, 2010

reticências...

Ela era tudo aquilo que gostaria de ter dito, e não disse. Aquilo que gostaria de ter feito e não fez. Agora, ela só queria dormir e não conseguia. Ela imaginava como as coisas poderiam ter sido se ela tivesse feito de outra forma. Mas, ela não o fez. Agora ela simplesmente não conseguia deitar, dormir e relaxar. Só queria um favor. Apenas um. E ela fazia a pergunta para se mesma '' o que ele pensa sobre mim?''. Julia só queria mais uma agulha... Mais uma picada. Ela queria ser mais forte depois, e jurou a si mesma que depois dessa o faria, e ela sabia que não conseguiria. Ouve o toque de seu celular, corre tombando em seus moveis. Será que é ele? Mas como era inoportuno. Antes de atender seu celular ela o podia sentir, mas não queria que fosse. Queria sofre um pouco com seus próprios pensamentos, ou não. Ela olhou para o celular, era ele. Um momento de nostalgia. ''Alô?'', ela viajava na voz de seu amor recém-conquistado. Tão logo ela respondeu. Ela foi as alturas, ela sorria. Ele era incrível. Ele sorrio um sorriso tímido. Ela sorria, porém com uma vontade enorme de chorar. Ela o queria só para si. Quando se deu conta de que ele apenas queria o relógio. Com tanto raiva e tristeza em seu corpo, ela olhou para sua gaveta e lembrou-se de sua vontade. Se preparou para dar mais uma viajada. Mais uma picada.

26 outubro, 2010

em vão

Ela estava presa em casa, pensando em tudo o que havia feito. Pensava em seus amores perdidos, sua falta de tempo para tudo e todos. Queria deixar a escola de lado, afinal quem precisa disso? Sua noção de tempo não estava das melhores (ou quem sabe realmente não fosse). Via o seu quarto completamente vazio, o quarto estava quente fazendo-a ficar mais inquieta do que o normal. Falava para ela mesma ''um banho seria uma ótima escolha'', e um tanto rápido ela percebeu que não havia roupas limpas e aceitáveis em seu guarda-roupa, decidiu por a ultima roupa que havia usado era realmente a mais aceitável. Ela lembrou dele por um instante. Exatamente o instante em que ela olhou para sua cama e lembrou que ele havia se deitado lá um objeto, em parte, incomum, ora se não era o belo relógio dele. Ela se perguntou muitas vezes se era realmente dele, ou será que era dela? Ela percebeu que não estava apenas perdida no tempo mas também estava perdida em si mesma. Em seus sonhos e pensamentos, isso poderia ser o efeito das drogas que havia injetado sem nenhum pudor ou simplesmente as horas perdidas lendo algumas revistas fúteis. Ela riu bobamente. Era dele, ela tinha algo dele consigo. Ficou assim por alguns minutos até que percebeu a face molhada e quente. Ela chorava e pensava se um dia ele iria voltar. Silencio. Ninguém respondeu. As lágrimas corriam livres pela sua face e ela deixava. Fazia algum tempo que não chorava. Algum bom tempo... Ela lembrou-se dele. De novo. Cada mínimo detalhe. Seu olhos marejavam, e ela nem sabia o porquê. Então a sua mãe bateu em sua porta, gritou que havia alguém na porta. Ela então se reanimou, esqueceu de seu banho se trocou e foi ao encontro da porta. Era apenas uma amiga, que como sempre queria algo dela. Uma onda de frio se espalhou pelo seu corpo. Calafrios. Suas mãos formigavam. "De novo não", pensou e deixou cair uma solitária lágrima, tão solitária quanto ela. Ficou assim por algum tempo, que parecia uma eternidade. Calafrios iam e vinham, o formigamento continuava. Um formigamento em seu estômago, o seu celular tocava. Sim, ela pensou que era ele. Mais uma lágrima escorre pela sua face, nada. Ele deixou o relógio, simplesmente para servir de lembrança, ela pensa. Choro. Queria ele ao seu lado, mas acha que não pode. Ele não iria querê-la novamente. Foi só uma diversão. Lembre-se do momento de divirta-se, ela dizia a si própria. Se deita, e tenta dormir. Em vão. Em vão.

25 outubro, 2010

um bom passado

Ele me abraçou forte, eu amava a maneira com que você se sentia confortavel e também me fazia sentir. Eu não queria que você me soltasse, queria que você ficasse lá, me abraçando. Hoje eu senti sua falta, senti falta do seu sorriso. E mesmo que amanhã seja diferente você pode ter a certeza de que, de alguma maneira eu estarei ai e você estará aqui. Todos dizem que eu sou uma sonhadora, e eu consegui viver o meu sonho eu queria que você pudesse ver tudo o que está acontecendo agora comigo, estava pensando em voltar ao passado e dizer, e fazer o que eu não fiz para você. É verdade que o tempo está passando rápido de mais, eu sei que agora você está com uma vida melhor e raramente consegue um tempo para lembrar de mim, porém eu nunca esqueci o nosso juramento. Meu desejo agora, era poder ver o seu rosto, eu sei que agora você não precisa mais me ver, e sei que você não preferiria estar comigo.

17 outubro, 2010

o esforço pra esquecer

Deitei no chão do meu quarto, e pensei em acontecimentos do meu dia. E você pode até não acreditar, mais seu rosto foi o que mais apareceu em minha mente naquele momento. As luzes estavam baixas, eu estava vendo umas fotos antigas com saudade dos tempos passados, mas eu só conseguia me focar em você. Eu queria ter uma certeza com você, todas as vezes que te vejo eu não sei o que pensar, não sei como agir, é eu realmente queria que tudo fosse fácil de se explicar. Sinto falta da segurança que eu tinha a conversar com você, eu sinto medo. Medo. Sinto medo de estar apaixonada. Eu sinto o encantamento imenso por você e só faz aumentar a cada dia. Eu não me entendo. Eu sinto uma vontade enorme de estar perto de você, sinto uma vontade de ligar todas as vezes em que vejo o seu número em meu telefone, sinto vontade de gritar seu nome. O meu medo é de que em nosso tempo não ocorra nada. Há um tempo você me dizia que confiava em mim e adorava me abraçar, hoje você me chama de amor. Agora, poderíamos chegar onde eu quero?

14 outubro, 2010

conceitue amor

O amor é uma desgraça, sabia? É a necessidade mais sútil de todas, sendo quase impossível perceber que ela existe, e ainda é a mais difícil e complicada de satisfazer. Se você sofre internamente e não sabe o que é, provavelmente é amor. Sendo contraditória ao que eu havia dito anteriormente eu acredito que devamos agir por amor, mas me refiro ao amor incondicional a todos. Cujo o maior e melhor exemplo de ação é agir simplesmente por amor, e o que é agir por amor? É basicamente colocar a necessidade do outro a prioridade da sua. E porque? Digo-te caro leitor, apenas um: tornar-se humilde, reconhecendo que a minha vida não é mais importante que a dos demais. E o que podemos concluir quanto o amor, podemos dizer que a falta de amor é causada pelo egoísmo o amar, o egoísmo se devaneia, fazendo o indivíduo parar de se levar a sério (a não ser quando o mesmo resiste a essa mudança). Logo, a falta de amor é justificada pela falta de amar! E isso, fala sobre um pouco do que eu estou sentindo

28 setembro, 2010

ódio, simples e puro

Estou escrevendo só para você saber o quanto eu passei a te detestar. Se passou pouco tempo, e as palavras ainda estão a ecoar em minha mente. As suas palavras. Minhas mãos ainda suam quando eu vejo uma foto sua. Quer saber o pior? Dessa vez até do seu perfume eu me lembrei (juro que não é mentira). Isso é ridículo! Por que as minhas lembranças de você não me deixam em paz? Nas fotos, os teus olhos lindos me fazem lembrar tudo que eu já disse (certo não foi dito para você ouvir, porém foi dito) e também de uma carta que nunca entreguei (não deu tempo). Mas nem queira saber como era (eu bem quis entregar depois, mas era tarde) porque eu a destruí. E de alguns detalhe eu não me lembro. Pena, era um texto tão bom. O melhor que eu já escrevi. Era só trocar duas ou três palavras e eu poderia negar que era para você. E mandar você se enxergar, e me convencer que nunca existiu nada. E, que não existirá. Isso é tudo que por um momento eu não queria que acontecesse. Me arrependo de ter ficado triste ouvindo suas conversas. E mais ainda de acreditar nelas. E me arrependo de ter respondido as indiretas que você mandou. Você não presta! E ainda assim, ainda mexe comigo... Aproveito o ensejo para lhe lembrar que você finge me suportar muito mal! Faça como eu. Não olhe, ou simplesmente cumprimente quando necessário. Não precisa se esconder. Pensa que é legal para mim ser educada contigo? Óbvio que não. Eu desejo somente... Que você desapareça! Afinal, ter que te ver de vez em quando, é de lascar! Palavras que ainda estão presas dentro de mim, e eu queria que você as ouvisse. Mas infelizmente minha paciência para você acabou!

20 setembro, 2010

insignificante

As lembranças não tem ordem. Tem lógica. Ou, quem sabe não tem tanta lógica como pensamos que tenha. Se um dia você quiser pensar em um dia especifico de sua vida, você pode pensar e logo depois voltar a pensar no que aconteceu a duas hora atrás. É, as lembranças não tem ordem. Você poderia me perguntar qual a lógica desse assunto, pois é minha resposta seria simples. Nenhuma. Minha professora me fez pensar nisso hoje, e eu relembrei de momentos importantes. Para ser sincera com você leitor do meu blog (vamos imaginar que existam muitos leitores), eu não gosto de fazer textos na primeira pessoa porém eu tinha que falar sobre um assunto extremamente complexo como esse. Então reflita, o que você acha importante lembrar? O que é lembrança par você?

dois

Ela acordou. O relógio apitava. Eram quatro horas da tarde. Ela mal conseguia abrir os olhos. O cansaço era maior. Aquela noite havia sido extremamente cansativa. Ela se virou. Do outro lado da cama, apenas um vazio. Nada. Um silêncio inquebrável. Seus olhos encheram-se de água. Talvez de sono, talvez de tristeza. Aparentemente, não era apenas a cama que estava vazia: no cerne do seu ser, nada; ela era tão vazia quanto a sua vida, e sentia-se assim. Ela fechou os olhos, procurando ignorar aqueles pensamentos, e tornou a dormir um sono irrequieto, que apenas a cansava e agravava mais. Uma tortura puramente onírica, boa forma de começar o dia ou a tarde. Boa forma de sofrimento. Por três longas horas ela ficou presa naquele mundo torturante para só então acordar. Ela abriu os olhos. A escuridão já havia tomado o quarto. Permaneceu olhando para o teto em total torpor por alguns longos e inacabáveis minutos até sua visão se acostumar àquele breu. Slêncio. E podia apenas ouvir o som da sua respiração. Ela olhou para o lado. A cama. Vazia. Seus olhos encera-se de lágrimas novamente. - Caralho, eu ainda estou lacrimejando de sono? - ela resmungou para si mesma enquanto se levantava. Ela era tão patética. A forma como ela fugia da realidade, sempre. Seja com mentiras ou com picos. Sim, picos. Ela foi até a gaveta e pegou uma seringa. Seguiu, com a seringa na mão, até a cozinha. A fome era tamanha... Ela abriu a geladeira e pegou a caixa de leite, tomando seu conteúdo aos borbotões. Um cheiro de azedo se espalhou pela cozinha pequena e mal iluminada. Caralho, o leite havia azedado! -Tanto faz, e não me importo - repetiu para si mesma e continuou a beber o conteúdo estragado da caixa. Ela era o retrato da decadência humana. Em pensar que ela já fora alguém algum dia...
- Foda-se - ela murmurou, preparando-se para mais uma injeção. - Foda-se esse leite maldito. Ai!, logo viria o torpor, logo mais...

19 setembro, 2010

o pleno ócio de um domingo

Como algumas pessoas dizem, mente vazia é a oficina do diabo. Com tanto tédio, nada-faz em pleno domingo ele compartilhou comigo um pouco das suas idéias. E cá estou eu, deixando o ócio e a improficuidade. Cá estou eu, dando um pouco da minha criatividade em textos mal escritos.

17 setembro, 2010

o quintal

Um dia me perguntaram o que era o quintal para mim. Achei uma pergunta completamente idiota, mas quando cheguei em casa parei para pensar, realmente, o que era o meu quintal para mim? Quintal é um lugar com terras mexida, um pé de manga, uma grama muito verde e um banco. Sim um banco, onde eu possa sentar e pensar em coisas inúteis. O quintal é um lugar para pensar, falar, cantar. Um lugar onde pode acontecer belos momentos, como ver um pôr do sol ou sentar e ver um dia nublado. Então percebi que a pergunta que me fizeram não é tão idiota como eu imaginava que fosse, e sim me fez perceber como o quintal é um lugar onde eu posso expressar meu sentimentos e ver o tempo passar. Não, não é um lugar inútil.

20 agosto, 2010

cale-se

Se sente só, perdida, carente, triste, se sentindo abandonada, achando que a vida é injusta e que ninguém lhe entende. Engole e choro e cala a boca porra!

15 agosto, 2010

dream

Ele disse que sempre me achou bonita, mesmo sem alguma maquiagem. Eu sempre achei ele engraçado, mesmo quando ele contava as piadas erradas. Então deixamos que tudo acabasse rápido de mais, deixamos que tudo fosse embora. Nos vemos em todos os fevereiros, quando as coisas estavam pesadas você sempre estava por perto. Ele quer percorrer todos os caminhos novamente, sem pensar no que passou, querendo dançar até morrer, pensando que seremos jovens para sempre. Bem você me faz sentir como se eu tivesse novamente nos nossos velhos tempos o jeito como você me deixa, nunca mais vamos olhar para trás. Minha cabeça volta ao passado apenas em ouvir a sua voz, agora sim eu acredito que tudo isso é real. Vamos beber na praia, comemorar. Depois de escrever tudo que vinha me sua cabeça ela jogou o caderno no seu criado mudo, deitou-se pensou como seria bom que ele pensasse o mesmo que ela.

14 agosto, 2010

escuro

Realmente queria que a casa estivesse escura e silenciosa. Eu realmente gostaria disso neste momento. O vazio me relaxa, me apetece. Porém, quando depois de tanta calma vem uma enorme tempestade. Isso, eu sou pessimista. Eu estou a esperar algo, uma noticia seja boa ou ruim. Só de estar esperando, esse cenário de calmaria me sai da cabeça, quero uma mudança, só quero alguma mudança rápido. Bem eu estou achando isso ridículo, e estou com preguiça suficiente para não melhorar. Ou quem sabe não precise de melhora alguma nisso? Bem, foda-se essa insegurança, esse pensamento de merda, tudo e todos, inclusive eu. Eu quero um momento de calma, comigo mesma sem precisar pensar em você ou em qualquer dúvida que eu tenha, se rebelar ou estressar é demais para meu espírito preguiçoso, me deixa cansada, desgastada. Viva o ócio, a preguiça e o nada! Nada mais, sem preocupações, sim a alienação. Puxo um copo com água, bebo é a calma o ócio a preguiça. Digo a mim, eu gosto dele. Repito. Do lado de fora vejo a calmaria da rua, as luzes apagadas, chuviscos, que calmaria.

26 julho, 2010

corre.

Vamos correr para um lugar bem longe hoje a noite, nós pensavamos que poderiamos mudar o mundo e qualquer coisas que quisessemos eu pedi para que parassemos e ficamos a observar o céu por alguns minutos, que davam sensação de horas. Mesmo quando o sol não aparecer, eu estarei perto de você para sentirmos a chuva nos molhar, mesmo sem te ver posso dizer que estás com meu coração, nos tornamos inseparaveis. Poderiamos correr para sempre, que eu continuaria com você. Eu ja pensei em dessistir de você, mas nunca conseguiria te deixar cair, eu faria muito para te mostrar que eu estou apaixonada!

18 julho, 2010

a tal felicidade?

Hoje me perguntaram se as pessoas ao meu redor me faziam feliz. A resposta é simples: não fazem! Minha família não me faz feliz, meus amigos não fazem, os namorados nunca me fizeram. Eu sou feliz por mim mesma. Eu me faço feliz todos os dias. As pessoas ao meu redor apenas me garantem excelentes momentos, que eu sempre guardarei com muito carinho, e que (na maioria das vezes) valem muito a pena. Pessoas próximas aumentam a felicidade, porém a mesma não existe só porque essas pessoas estão em meu caminho. Ninguém precisa me fazer feliz. Eu já sou!

17 julho, 2010

um ponto de partida

Fim de férias, primeiro dia de aula um aluno novo. O nome dele? Rafael, mas podem chamar de Rafa. Um belo garoto, as meninas o achavam lindo porém ele tinha uma mania estranha ele fazia uns barulhos estranhos. Solidão, só. Júlia chega, conversa, os meninos zoam, Rafa chora, Jú consola e o ouve, ele fala sobre a sua doença, ela o ouve com bastante atenção e ela fala das suas manias. Síndrome de Tourette. Ela desconhece, mas continua com sua converça. Melhores amigos, uma amizade que é linda. Algumas semanas passam, e agora são inseparaveís.