08 dezembro, 2009

é o rosto

Não era tarde. Apenas passava de meia-noite, os novos mal hábitos permitiam. Um champanhe, dois, três. O primeiro para brindar, o segundo para soltar. Terceiro para parar de contar. Um rosto comum, conhecido. Rosto de todos os dias. O mesmo sorriso, mesmo perfume. Rosto suado. Chega perto. Encosta. Dança. É o rosto comum de todos os dias, nada de novo, nenhuma surpresa. As mãos suavam e não era da dança. As pernas bambas e não era da dança. Os corpos juntos também não eram. É culpa do champanhe, é culpa do champanhe, é culpa do champanhe. Três vezes para convencer. Rosto perto. Beijo. Beijos. Melhor noite. Depois, rotina. Ainda era o mesmo rosto, mas com algo a mais. Pernas sempre bambas. Sangue pulsando apressado. E não havia mais champanhe. Não havia mais no que pôr a culpa.

20 outubro, 2009

você me afaga.

Eu sentia falta de ouvir esse eu te amo, lemrebi de tudo que ocorreu. Você pediu que fosse assim, que terminasse e depois fala tudo o que eu sempre quis ouvir. Queria encontrar uma pessoa mais certa, mas não encontrou. Queria amar longe de mim. Mas por que? Eu escreveria as ultimas palavras para você, você seria meu espelho. Ficaria sempre a te deixar feliz. Você era tudo para mim, volta derrepente, agora só penso em você; por que não foi assim antes? Só saiba que sempre fiz e farei tudo para deixar-lhe feliz meu bem. Não acredito em contos de fadas então o nosso 'felizes para sempre' não vai acontecer nunca, porém, enquanto estivermos juntos seremos felizes. O seu amor não é todo para mim -fato. Mas farei com que isso mude, e nós teremos nossos belos e felizes dias novamente, nossos. Só nossos meu bem :$ As minhas lágrimas nunca secaram, o teu cheiro eu ainda lembrava, esperava que o tempo passase o tempo mais rápido possivel, queria o tempo voando. E finalmente verei você retornando, e poderei beijar-te, abraçar-te e sentir o seu cheiro novamente. Seu nome estará sempre gravado em meu coração. Nunca conseguirei dizer-te um adeus eterno. Desde então sofri, a espera de um telefonema. Eu sempre quis te raptar te levar para longe, Eu quero você para mim e isso é tudo. Fim. Minha história está formada com umas linhas ainda faltando, porém eu acho uma bela história, bela e perturbadora história.

18 outubro, 2009

o melhor da vida

você não acredita que um dia uma pessoa possa mudar? Sim, você é assim tão sem fé nos outros? Uma pessoa pode mudar sim, eu não acreditava mais sei que isso pode sim ocorrer, parace ser tão impossivel. Nós, pensamos tão pequeno não pensamos nunca no que um homem pode pensar sobre o assunto. Coisas tão simples de fato, mas que podem mudar um pensamento ou uma rivalidade se preferir chamar assim. Essa briga entre os sexos não é tão simples quanto aparenta ser, para falar a verdade não aparenta ser, homens tem medo de sofrer mulher sofre por não ter medo de arriscar só que arricamos com os errados e isso é quase sempre. Ja sofri e não foi pouco, ainda amo não vou negar e isso aparenta ser impossivel de passar. Alguém quer me salvar? Eu acredito na sua mudança meu bem, mude logo. E tentarei de tudo

07 outubro, 2009

desobediência

O cúmulo da desobediência deve ser a gente não obedecer nem a nós mesmos. Será? Ando muito desobediente comigo mesma esses dias...

06 outubro, 2009

H.

Ela odiava quando diziam que ela havia mudado muito. Um julgamento equivocado decerto. Ela continuava a mesma garotona de sempre: drogas, álcool e muita irresponsabilidade; ela preferia deixar a música de lado. Ali, sim, ele havia mudado, e como. - Mas foram apenas os gostos musicais - ela dizia para si mesma talvez tentando se iludir enquanto aplicava mais um pico no seu braço e sorria com a doce picada provocada pela agulha. Essa dor era boa, boa para caralho. Ela deitou-se no chão e ficou a observar o teto esperando o iminente efeito da heroína. O seu teto estava coberto de posters incrivemente psicodélicos de bandas dos anos 70 e 80, que, fracamente iluminados pela luminária, ficavam apenas mais bizarros. "Boas músicas", ela pensava sorrindo, enquanto percorria com os olhos os nomes das bandas, "muito boas músicas". E então, o tão esperado pico: sonolência, conforto, calor e euforia, mas principalmente calor, aquele calor humano, bom. Ela fechou os olhos, não se sentia bem, assim, fazia um bom tempo. Mas isso não importava, não agora, e era isso que ela tinha, esse agora. Ela dormiu agarrada a uns discos jogados na chão, a baba escorrendo pelo canto da boca e caindo em cima do carpete. Caralho, mas que sono bom! Acordou com o som da campainha. Quem haveria de ser tão inconveniente? Abriu a porta; do outro lado, um garoto. Um belo garoto. Sim, sim, ele era belo, e como era... Moreno, cabelo espetado, olhos azuis, lindos, uma boca desenhada perfeitamente e um leve odor de um perfume conhecido, seria? Não. Cheiro único, original. Tão logo ela abriu a porta, percebeu: estava com a blusa dos jogos do seu antigo colégio, e uma calcinha. Que constrangedor... E então um pensamento perspassou sua cabeça, fazendo a sorrir e parecer símpatica, ainda que isso fosse totalmente improvável: "bom, pelo menos eu estou com essa blusa". Ele sorriu de volta e adentrou o recinto, deixado-a pasma e espalhando seu odor único pelo apartamento. - Ele tem atitude - sorriu ela, fechando a porta. Ela podia sentir seu coração batendo fortemente e uma vontade estranha subindo pelo seu corpo, anunciando o que então viria. - Mas antes - ela repetiu para si mesma, sentindo uma pontada de vergonha e prazer - só mais um pico... Só mais um...

02 agosto, 2009

Ali, sentada na cadeira que, fixa, pacientemente, suportava seu corpo jogado, estendido, derrotado. Seus olhos estavam fixos naquele ponto qualquer no infinito, os seus olhos não piscariam, nem tão cedo. Era noite; ela sentia a brisa fria tocando sua pele macia. O vento desmaranhava seus cabelos. O vento arrancava dela suspiros. E ela continuava solitaria na cadeira, era uma linda noite de outono; seus olhos, vazios brilhavam. Ela chorou porque, deveras era indigna de sentir pena dela mesma. Pena. O sentimento mais triste e humilhante que uma pessoa pode vir a sentir. Sim ela era indigna de sentir até pena dela. Choro. O único barulho que se ouvia. Adeus.

31 julho, 2009

absolutamente nada.

Ele, Thomaz, 16 anos uma namorada vários amigos. Hoje ele pensa no passado, tudo que ele deixou de aproveitar enquanto brigava com sua família, sim, ele pensou em fugir da sua cidadezinha pensou em morar na capital o que você achou da brilhante idéia dele, boa não? Sim muito boa, e assim se fez Thomaz estava morando na capital, sozinho, literalmente sozinho. Cadê seus pais? –ele vivia se perguntando isso-cadê? Sua namorada, onde estaria ela; com mais um novo amor? Ou quem sabe só vivendo a sua vida de puta enquanto o amor de sua vida estava só na capital. Vida de puta? Acho que não seria a expressão mais adequada para o momento, ou seria? Viver bebendo no bar da esquina de sua casa, com seus amigos, beijando qualquer um que aparecesse no seu pior estado. A o beijo dela, aquele beijo no final de julho. Julho um ótimo mês por sinal, mês de vários aniversários importantes inclusive o aniversario dela, o que será que ela fez nesse dia? Disse te amo a mais um otário que apareceu, e depois de um beijo com gosto de vodka ela o empurrou e saiu. Oh! Acho que sim, vodka a bebida favorita de todas as mulheres. E óbvio a bebida favorita da Hermione Campanella, sim belo nome o dela não? Combina com o belo rosto da bela garota que conquista todos os garotos do seu colégio, seu beijo vicia. Fato. Aquele beijo que deixa qualquer um pensando nele até o dia seguinte. Sim, ela já ficou com sete pessoas do colégio em três anos, sim ela os conquista, eles querem mais que meros beijos querem saber? Não quero mais saber dessa vadia, que me deixou louco por uma semana inteira, menina surreal. Meus amigos, sim, amigos. Saudade deles, os melhores de todos os tempos, e com isso os mais falsos também. Queriam só saber do meu dinheiro que, amigo, entre nós não era muito sim sempre tive uma ótima vida. Com ótimas pessoas falsas e hipócritas. Sim eles eram hipócritas, todos. Mais afinal todos nesse mundo são hipócritas até meus cachorros. Eles sabiam fingir muito bem, escondiam seus verdadeiros sentimentos por mim escondiam realmente suas verdadeira intenções. Ótimos amigos não? E os únicos três que eram verdadeiros se foram, e não voltarão mais, mas porque isso acontecerá? Sim, eu sei a resposta. Eu sou falso. Eu não dou valor a quem merece, fato. –ou quem sabe eu seja realmente dramático- sim eu queria realmente me auto criticar hoje. Nenhuma das palavras existentes no mundo caberiam numa frase, perdida. Minha vida está de frente para trás. O que eu quero dizer com isso? Que eu mudo de assunto rápido? Ou quem sabe eu não queira mesmo lamentar-me de uma só coisa por muito tempo e mude assunto para que eu me afogue em minhas magoas de uma só vez. Afogar-me. Pensamento suicida. Um ótimo pensamento para uma tarde como essa. Uma tarde vazia, na capital. Ouvindo a zoada terrível emitida pelos carros que não param de passar, nem por um momento. Quem sabe poderia ter sido interessante ter ficado no interior com os meus três amigos, meus cachorros, e meus pais. Um dia eu voltarei, mas enquanto isso não ocorre, sou apenas mais um adolescente na capital, sou apenas Thomaz, 16 anos. Sim e se meus pais perguntaram, quem sabe vocês queiram também saber, ficar informados sobre a vida alheia, uma ótima coisa a se fazer não? Sim eu me drogo.