31 março, 2011

A foto

Pela manhã se levanta, vê que tem café frio em cima da mesa que está desarrumada. Acima da mesa também está um pouco de açúcar derramado ao lado do açucareiro. Olhando para sala, que também estava desarrumada vi a revista que você deixou jogada no chão da sala. O jornal que eu pretendia ler após o café da manhã o vento desarrumou. Por falar no vento, ele é uma das únicas coisas que parecem vivas nessa casa.
Agora eu prefiro deixar as janelas fechadas. Agora a casa perdeu o seu cheiro habitual, que quando você vinha trazia, e ele ficava vivo aqui durante dias isso me confortava. Deixava a casa mais bonita animada e cheirosa. E para lhe ser sincera, há um tempo a casa não sabe o que são esses adjetivos que eu citei logo antes. Ela não sabe mais o que é ter felicidade.
Talvez fique triste ao saber, que nem sua foto eu tenho mais. Lembra aquela foto que ficava guardada em meu quarto? Acho que você ficaria triste em saber que eu a joguei fora, na revolta isso aconteceu. O porta retratos quebrou-se, jogando sua foto para longe, e por algum motivo vendo aqueles cacos me identifico com sua foto.

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